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E a tal de Educação Financeira?

  • Foto do escritor: Pinkle
    Pinkle
  • 3 de jun. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de set. de 2022

Não é de hoje que o Brasil apresenta péssimos números referentes à educação financeira. Em pesquisa do PISA – Programa Internacional de Avaliação de Alunos – em 2018, o Brasil ficou na posição 17 dos 20 países avaliados no ranking de competência financeira.

A falta de consciência em crianças e jovens brasileiros produz uma população adulta que não sabe lidar com dinheiro. O resultado disso é uma bola de neve que só tende a crescer em que brasileiros assumem dívidas cada dia mais altas para tentar contornar sua situação.

Se pararmos para pensar, desde criança somos apresentados a conceitos básicos de como viver em sociedade e lidar com questões do coletivo. Este foi um dos mais muitos estudos já realizados sobre educação financeira no mundo. A pesquisa investigou se os entrevistados de cada país dominavam quatro conceitos financeiros básicos: aritmética, diversificação de risco, inflação e juros compostos.

Para medir o nível de conhecimento nesses tópicos, foram realizadas cinco perguntas cujas respostas são universais e independem da localidade – são questões que não abordam assuntos relacionados ao contexto socioeconômico de cada país, às taxas de juros cobradas em cada lugar ou aos mercados financeiros locais.

Na visão do Insper, o índice de alfabetismo financeiro dos brasileiros encontra-se próximo da média mundial. No Brasil, só 35% das pessoas entrevistadas acertaram as respostas das questões relacionadas a pelo menos três dos quatro conceitos analisados. No mundo esse indicador é de 33% e nas economias avançadas chega a 55%.

Já o nível de educação financeira dos brasileiros que têm acesso a serviços bancários é inferior ao da média mundial. Enquanto no mundo 53% das pessoas que usam cartão de crédito ou tomam empréstimos de instituições financeiras são alfabetizadas financeiramente, no Brasil, esse percentual corresponde a somente 40% das pessoas.

Hoje com a ampliação do estudo, há uma imensa quantidade de propostas sobre o significado do tema. Gosto muito do conceito que encontrei no portal Minhas Economias, determinando que a Educação Financeira não consiste somente em aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro.

É muito mais que isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais imprevistos.

Segundo a OCDE, Educação Financeira é:

“O processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem-informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar.”

Assim, a Educação Financeira é um processo que contribui, de modo consistente, para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro.

O autor Robert Kiyosaki questiona o que provoca a confusão?

Ou como algo tão simples pode parecer tão enrolado? Pensamos em alfabetização e não em alfabetização financeira. Muitas pessoas leem, mas não entendem muita coisa. É a chamada compreensão de leitura. E todos temos habilidades diferentes no que se refere à compreensão de leitura. Analfabetismo, tanto de palavras quanto de números, é a base das dificuldades financeiras, explica.

Na obra Mentes Milionárias uma equipe liderada pela pesquisadora Teresa Aubele, apresenta a seguinte tese: muito do que você sabe sobre dinheiro, suas ideias sobre recursos e o modo como você toma suas decisões financeiras já estão implantados em seu cérebro, esteja você ciente disso ou não.

Tal conhecimento é resultado do que você ouviu através de seus pais ou do que observou em outras pessoas. Talvez você tenha seguido um caminho diferente em relação a ganhar, gastar e investir dinheiro, mas isso não significa que seu cérebro tenha acompanhado seus planos plenamente.

Em reinos financeiros, as culturas alimentares domesticadas e as primeiras cidades datam de apenas 11 mil anos atrás, e os primeiros mercados financeiros que se tem conhecimento, baseados na troca de alimentos e prata, surgiram na Mesopotâmia em aproximadamente 2.500 a.C. Os mercados formais de ações e de títulos surgiram há apenas quatro séculos.

Tudo isso significa que, quando se trata de dinheiro, nossos cérebros têm muito a aprender em um curto período.

E você?

Como está seu nível de Educação Financeira?

 
 
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