Planejamento e metas
- Pinkle
- 1 de jun. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de set. de 2022
Possivelmente já ouvimos falar por aí que americano é empreendedor por vocação e brasileiro por necessidade. Basta lembrar como se comporta o funcionário tipicamente brasileiro, aquele modelo “malandro e preguiçoso”.

Vamos supor que nosso horário de entrada seja 8h e a saída 18h. O profissional japonês, geralmente chega 7h e 30min, organiza sua rotina e pontualmente começa a trabalhar 8h, finalizando de forma precisa sua jornada 18h.
Como funciona o americano? O americano geralmente faz da sua vida o trabalho. Na equação do americano, ele passará os melhores anos de sua vida trabalhando, durante uma média de 35 anos, por volta de 8 a 10 horas ao dia.
E o brasileiro? O brasileiro chega 8h e 15min, atrasado. Daí primeiro, ele vai tomar um café. Próximo das 8h e 30min começa a ligar o computador. E trabalhar? Nada disso, primeiro vamos olhar os e-mails, acessar o Facebook, visualizar o LinkedIn, postar algo no Instagram, ler notícias em geral, se possível assistir um vídeo com volume baixo para não “alertar os gansos” no Youtube e dar uma última espiada no Whatsapp.
E na hora da saída? Bom quando é 17h e 30min, dependendo da proximidade das pessoas na sala, um começa a olhar para o outro, pegam o celular, olham para o relógio na parede, no pulso e começam a reclamar: “parece que esse negócio não anda, tem algo errado”. Quando chega 17h e 40min, começam a arrumar as coisas, alguns se levantam, outros buscam mais café e pontualmente 18h está quase todo mundo no elevador, salvo raras exceções.
Lou Marinoff nos brinda a reflexão de que a primeira chave é distinguir entre significado e propósito. Propósito é um fim a ser alcançado, é uma meta. Significado tem relação com a maneira como você entende a sua vida em uma base contínua. O significado está no modo como as coisas acontecem, não necessariamente no resultado, complementa.
Em decorrência do vazio existencial, muitas pessoas infelizmente não sabem diferir entre suas crenças ou valores. Perpetuando uma vida sem direção, quase que vagando pelo mundo, sem perspectivas concretas do que realmente seria sua razão de viver. Platão sustentava que as pessoas têm uma compreensão intuitiva do bem.
As pessoas no geral não sabem o que significa o bem, o certo, a ética e a moral, conceitos básicos para de forma assertiva determinar crenças e valores. Isso é uma questão até bastante filosófica que vale mais para reflexão do que leitura. São os tipos de conceitos aonde devemos nos questionar para desvendar aonde estamos e para onde desejamos ir.
Um dos principais requisitos para iniciar uma excelente relação com o dinheiro é saber poupar. Nunca fui fã daquelas planilhas que circulam pela Internet prometendo cálculos para ficarmos milionários em determinado período.
Primeiro, pela inflação galopante que vivemos, onde preços são distorcidos e a maioria das pessoas não tem a noção de perdas e ganhos reais. Segundo, pela própria perspectiva de ganhar dinheiro para administrar uma boa velhice. Penso que é bem melhor ganhar dinheiro agora e aproveitarmos enquanto ainda somos jovens, se possível.
Ganhar dinheiro pode até ser fácil, mas devemos aprender a administrá-lo. Há um pensamento que diz o seguinte, não interessa o quanto ganhas, mas sim o quanto guardas. O dinheiro deve primeiramente chegar, ficar e se multiplicar, nessa ordem. É exatamente nesse ponto que nossa vontade deve subordinar um pouco do presente ao futuro.
Os pensadores das leis de atração, utilizam um termo chamado “retardar a recompensa”. O que isso significa? Que devemos dentro de nosso planejamento, definir de forma racional qual é a melhor hora de movimentação do dinheiro.
Nesse ponto temos um problema, retornando ao nosso ensino fundamental, por volta do 5◦ ano na disciplina de matemática. É imprescindível o conhecimento mínimo de percentagem, pois quase todos os nossos indicadores econômicos e financeiros são tabulados através de índices.
Todos os nossos serviços bancários, empréstimos, financiamentos e investimentos, são calculados partindo de um fator percentual. Fora isso, todos nossos impostos pessoa física ou jurídica, possuem alíquotas em percentuais. A contribuições e as taxas em geral também. As estimativas para projeções de crescimento, distribuição de lucros ou dividendos das empresas, também se utilizam da percentagem.
A educação financeira então, surge como resposta para orientar a tomada de decisões, informando sobre os serviços financeiros ofertados, sobre necessidades e desejos de consumo, de necessidades de poupança, financiamento e juros, investimentos e rendimentos.
Pode ser entendida como o conjunto de informações que auxilia as pessoas a lidarem com a sua renda, com a gestão do dinheiro, com gastos e empréstimos, poupança e investimentos de curto e longo prazo.